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As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa

Disney Filmes

Amados leitores, estou aqui para cumprir a promessa que deixei na semana passada: a série de filmes muito especial para mim, que agora compartilho com os irmãos as experiências vividas. São as Crônicas de Nárnia, e recomendo aos irmãos que leiam os livros da série, que são muito bons (tenho a série em casa, mas nunca li!!). Boa leitura!

Sem dúvida, foi um dos filmes que eu mais gostei de assistir nas últimas décadas, pois é um filme produzido pela Disney, visto por milhões de pessoas ao redor do mundo, e que repassa muito dos valores cristãos, proclamando assim o Evangelho. Surpreendente! Mas, vejamos qual a mensagem principal deste filme, o qual prendeu a minha atenção.

O filme conta as aventuras de quatro irmãos, os irmãos Pevensie: Pedro (o mais velho de todos), Susana (a irmã mais velha), Edmundo e Lúcia (a irmã mais nova). Em plena Segunda Guerra Mundial, Londres é bombardeada pelos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), e eles, para escaparem dos bombardeios, fogem para a casa onde residia o seu tutor, um professor, no interior da Inglaterra. Lá, eles estariam a salvo.

Porém, tudo começa a mudar quando Lúcia, numa brincadeira de esconde-esconde, descobre Nárnia, através de um (quem sabe o que é????) guarda-roupa, o que leva a eles crerem que o guarda-roupa é uma passagem do mundo real para o mundo de Nárnia. A vida pacata e monótona que eles levavam se tornou em uma grande aventura nesse mundo.

Assim, eles começam a explorar esse novo mundo descoberto, quando então descobrem que a Feiticeira Branca (também conhecida como Jadis) transformou Nárnia num mundo, antes agradável, em um mundo condenado a um inverno eterno e infeliz. E então descobrem que não vieram a este mundo por acaso. Segundo uma profecia narniana, quando dois filhos de Adão e duas filhas de Eva entrarem nesse mundo e se transformarem em reis de Nárnia, com a ajuda de Aslam (o grande leão e criador e destruidor de Nárnia), eles acabariam com o castigo desse mundo.

Porém, algo acontece que condena a todos: Edmundo, tentado pelas promessas da Feiticeira Branca e por um pouco de manjar turco, acaba por trair a seus irmãos, informando a ela que eles estavam procurando por Aslam (e o encontram!). Mas a traição de Edmundo teve um preço, que deveria ser pago por ele: Edmundo teria que ser oferecido em sacrifício na Mesa de Pedra.

Aí eu pergunto: quem foi que se sacrificou no lugar de Edmundo? Acertou quem disse Aslam! Isso mesmo, meus amados leitores, Aslam se ofereceu em sacrifício. E algo surpreendente aconteceu: por causa de uma magia antiga em Nárnia, a Magia Profunda de Antes da Aurora do Tempo, a Morte não consegue vencer Aslam porque seu sangue era inocente. E assim, segue-se uma batalha, liderada por Pedro, para derrotar a Feiticeira Branca e libertar Nárnia do inverno eterno e, em seguida, os irmãos Pevensie são coroados reis em Cair Paravel, iniciando-se assim a Época de Ouro em Nárnia.

Através desse filme, podemos estabelecer importantes conexões com as histórias bíblicas que nós conhecemos:

1.      A chegada deles a Nárnia se parece com algo que conhecemos muito bem: o mundo em que vivemos é frio e está mergulhado em um inverno eterno desde a queda de Adão no Éden: pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus (Romanos 3.23 – NVI). Porém, Deus não nos condenou a vivermos assim, e então enviou seu Filho para que todos desfrutem da Época de Ouro de Nárnia, ou seja, a vida eterna: sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela sua redenção que há em Cristo Jesus (Romanos 3.24 – ARC).

2.      Não se deixar seduzir pelas tentações é o mais profundo exame de nossa fidelidade a Deus. É não dar lugar ao Diabo. Pois o salário do pecado é a morte (Romanos 6.23a), e, se estamos com Deus, desfrutamos da vida eterna. Edmundo quase pagou um alto preço por ter se deixado seduzir pela tentação da Feiticeira Branca. Porém, Aslam se sacrificou. E completa o apóstolo Paulo: mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor (Romanos 6.23b).

3.      O sacrifício expiatório de Aslam salvou Edmundo da morte em Nárnia. E qual a representação de Aslam e de Edmundo? Respectivamente, são Jesus Cristo e o homem. Assim como Edmundo foi salvo pela graça de Aslam, que ressuscitou, o homem hoje é salvo por meio do sacrifício expiatório de Cristo, que também ressuscitou, sendo purificado de toda e qualquer injustiça, pois Jesus era inocente diante de Deus, e pagou o preço de todos os homens, livrando-os da morte. Primeiro ele [Jesus] disse: “Sacrifícios, ofertas, holocaustos e ofertas pelo pecado não quiseste, nem deles te agradaste” (os quais eram feitos conforme a Lei). Então acrescentou: “Aqui estou; vim para fazer a tua vontade”. Ele cancela o primeiro para estabelecer o segundo. Pelo cumprimento dessa vontade fomos santificados, por meio do sacrifício do corpo de Jesus Cristo, oferecido uma vez por todas. (Hebreus 10.8-10 – NVI).

4.      Somos escolhidos, assim como os irmãos Pevensie, a levar a esperança ao mundo, assim como eles foram escolhidos para salvar Nárnia do inverno eterno. Eles foram coroados como reis, e assim receberam a sua recompensa. Tal qual é conosco: devemos levar a Palavra de Deus ao mundo, e para isso é que Deus nos chamou – para nos enviar ao mundo. Temos a esperança da vida eterna garantida: “uma herança que jamais poderá perecer, macular-se ou perder o seu valor. Herança guardada nos céus para vocês que, mediante a fé, são protegidos pelo poder de Deus até chegar a salvação prestes a ser revelada no último tempo” (1Pedro 1.4,5). Os quatro irmãos foram fiéis ao propósito designado a eles – a profecia –, apesar de um ter errado, mas foram vencedores, e garantiram a sua recompensa. “O vencedor herdará tudo isto, e eu serei o seu Deus e ele será meu filho” (Apocalipse 21.7).

E então? O que é que você está esperando para assistir As Crônicas de Nárnia: O leão, a feiticeira e o guarda-roupa e refletir nos valores cristãos apresentados, bem como uma reflexão interior de sua trajetória neste mundo? Será que estamos lutando para libertar as pessoas de seu inverno eterno?

Para refletir: Isaías 6.5-8 – Lucas 19.40 . “Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão” (Lucas 19.40).

Até a próxima semana!

Texto: Henrique Fernando